Sua viagem está marcada e você se surpreendeu ao saber que precisa tomar a vacina contra febre amarela?
Não se preocupe. Vamos explicar tudo que você precisa saber para estar com a documentação em dia e não ter nenhum contratempo.
Quem planeja viajar provavelmente fez preparativos como: comprar passagens, fazer reservas, montar roteiros e muito mais.
Além disso, quem vai para o exterior, precisa cumprir diversas formalidades. As mais comuns são tirar o passaporte e verificar a necessidade para obter o visto.
Mas há um detalhe que as pessoas acabam deixando de lado. A exigência de vacina para que a entrada em certos destinos seja autorizada.
Hoje nós vamos falar sobre como cumprir essa formalidade. Desta forma, você poderá ir para onde quiser com a documentação certinha.
A febre amarela é uma doença grave, transmitida por mosquitos. Ela é mais comum em lugares com clima quente, como a América do Sul, América Central e no continente africano.
Os sintomas mais comuns da febre amarela são: febre, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos. Em casos mais graves, a doença pode prejudicar seriamente o fígado, causar hemorragias e levar à morte.
Não há medicamentos para tratar a febre amarela. Apenas os sintomas podem ser tratados. A febre amarela não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa.
O desafio no combate à doença é que o portador transmite a febre amarela para os mosquitos. Estes, por sua vez, irão contaminar outras pessoas.
Logo, a forma mais eficaz de prevenir a ocorrência de febre amarela é a vacinação. Por este motivo, os países onde a doença ocorre com frequência exigem que todos os visitantes comprovem a imunização.
A maior parte dos estrangeiros não precisam comprovar a imunização antes de entrarem em território nacional. Mas há exceções.
Caso o visitante venha de países onde houve um surto recente de febre amarela a comprovação da vacina será exigida. A recomendação é que o estrangeiro consulte os órgãos oficiais antes da viagem.
Além disso, o governo recomenda a imunização contra febre amarela para brasileiros e visitantes com viagem marcada para alguns estados:
A vacina contra a febre amarela é gratuita e está disponível nos postos de saúde do SUS. Mas nem todas as unidades oferecem a imunização.
Há postos que oferecem a vacina em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Para saber sobre a vacinação em outros locais, consulte a secretaria de saúde do seu município ou estado.
Antes de ir, o ideal é ligar para confirmar que o posto tem este imunizante e que o serviço está disponível.
Para se imunizar é necessário ter em mãos um documento de identidade e o cartão de vacinação. Algumas unidades exigem também o Cartão Nacional de Saúde, conhecido como Cartão do SUS.
Outra opção é tomar a vacina em unidades de saúde da rede particular. Os valores e requisitos variam de acordo com cada local.
Quase todas as pessoas com mais de 9 meses e menos de 60 anos de idade podem tomar a vacina. Mas em alguns casos a vacina não é recomendada. Veja a lista:
Se você tem alguma condição de saúde e não sabe se pode tomar a vacina com segurança, consulte um médico. O profissional também pode autorizar a vacina em pessoas com mais de 60 anos após uma avaliação
Uma das reações mais comuns é o inchaço e vermelhidão no local onde o imunizante foi aplicado. Outras reações esperadas são febre baixa, dor muscular, dor de cabeça e cansaço ou indisposição.
É raro acontecer algum efeito grave, mas neste caso, o ideal é procurar assistência médica o quanto antes.
A dose integral da vacina tem validade por toda a vida. O reforço na imunização é indicado em dois casos.
As crianças que foram vacinadas antes dos 5 anos de idade precisam de reforço no esquema vacinal. Além disso, todos que receberam a dose fracionada devem tomar uma nova dose após 8 anos.
Quando for se vacinar, procure a dose integral. A imunização feita com dose fracionada não dá direito à certificação internacional. Quem recebeu a vacina fracionada pode se vacinar com a dose integral após um intervalo de, no mínimo, 30 dias.
O viajante deve se vacinar com, no mínimo, 10 dias de antecedência. Afinal, este é o tempo que a pessoa leva para desenvolver todos os anticorpos e ter uma boa imunização.
No entanto, é importante que você fique atento a outros prazos. A carteira ou comprovante de vacinação que você recebe imediatamente após se vacinar é válida apenas em território nacional.
Quem vai para o exterior precisa solicitar o certificado internacional, ou CVPI, que é exigido para entrada nos países estrangeiros. E a emissão deste documento também pode levar algum tempo.
A sigla CIVP significa Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia. Este é o documento utilizado para comprovar a vacinação quando você for viajar para países no exterior.
Você pode conferir a lista com todos os países que exigem o documento. Caso seu voo faça escala ou conexão nestes locais, você também precisará apresentar o CVPI.
O CIVP é emitido pela ANVISA. Ele é gratuito para brasileiros e para estrangeiros que se imunizaram no Brasil.
Todas as pessoas com mais de 9 meses de idade podem tirar o certificado. Você pode pedir o certificado presencialmente ou pela internet.
Veja o passo a passo em cada um dos casos:
1. Vá até uma unidade de saúde e tome a dose integral da vacina contra a febre amarela. É importante pedir o comprovante completo da imunização. No documento devem constar: data de administração, lote da vacina, assinatura do vacinador e carimbo da unidade onde foi vacinado.
2. Acesse o CIVP e acesse a opção "cadastrar viajante". Aí é só preencher o formulário. Será necessário anexar fotos do comprovante de imunização e também de um documento de identificação, como o RG.
3. Em até 10 dias úteis, seu CIVP será enviado por e-mail. Você também pode ter acesso ao documento no site.
4. Agora é só imprimir o seu CIVP. Ele já vem com a assinatura eletrônica do fiscal da ANVISA e você deve assinar o documento também.
O CIVP é vitalício e não precisa ser renovado. Em caso de perda do certificado, é possível solicitar a segunda via pelo site ou presencialmente, nas unidades emissoras.
Será necessário ter o cartão de vacinação ou comprovante da imunização contra a febre amarela.
O certificado internacional é emitido para todas as pessoas que se imunizarem contra a febre amarela aqui no Brasil. Inclusive para quem não é brasileiro.
Os estrangeiros que não possuem CPF só podem solicitar o CIVP de forma presencial.
Se você não pode se vacinar devido a algum problema de saúde, será necessário portar um Atestado Médico de Isenção de Vacinação. O documento deve ser redigido pelo médico, em francês ou em inglês.
Não é necessário fazer a validação em nenhum órgão oficial. Basta que o atestado contenha informações como: nome do paciente, motivo para contraindicação da vacina e identificação do médico. O governo federal disponibiliza um modelo para o profissional preencher.
De acordo com o RSI (Regulamento Sanitário Internacional), os países devem aceitar o atestado de contraindicação da vacina. Mas fique atento.
O RSI também estabelece que cada país tem autonomia para aplicar as medidas de controle sanitário que julgar necessárias.
Portanto, o ideal é que você busque mais informações sobre o que poderá ocorrer com viajantes que portam o Atestado de Isenção no seu país de destino.
De acordo com a ANVISA, mais de 120 países exigem o CIVP para a entrada de viajantes brasileiros.
Os Estados Unidos e grande parte dos países da Europa não pedem o certificado. No entanto, a maior parte dos países da África, Ásia, América do Sul e América Central irão exigir o documento.
A lista dos países que exigem o comprovante de vacinação pode mudar com alguma frequência. Por este motivo, o recomendado é sempre checar na aba "exigências de viagem" do site CIVNET.
Estar com o esquema vacinal em dia é fundamental para que você possa viajar para alguns destinos. A intenção da exigência é controlar doenças recorrentes em determinados países.
Ao mesmo tempo, esta medida protege também o visitante, já que previne o contágio pela febre amarela. Fazer o seu CIVP é um processo com um pouco de burocracia. Mas se trata de um processo relativamente simples.
A melhor notícia é que você só precisará emitir este documento uma vez e ele será útil para todas as suas viagens.
África do Sul
Albânia
Argélia
Arábia Saudita
Aruba
Bahamas
Bahrein
Bangladesh
Barbados
Belize
Benin
Bolívia
Bonaire
Botsuana
Brunei
Burkina Faso
Burundi
Cabo Verde
Camboja
Camarões
Cazaquistão
Chade
Colômbia
Congo
Costa Rica
Costa do Marfim
Cuba
Curaçao
Coreia do Norte
Dominica
Emirados Árabes Unidos
Equador
El Salvador
Etiópia
Filipinas
Gabão
Gâmbia
Gana
Granada
Guadalupe
Guatemala
Guiana
Guiana Francesa
Guiné
Guiné-Bissau
Guiné Equatorial
Haiti
Honduras
Ilha Christmas (Ilha do Natal)
Ilha de São Martinho
Ilhas Fiji
Ilhas Pitcairn
Ilhas Salomão
Indonésia
Irã
Iraque
Jamaica
Libéria
Líbia
Madagascar
Malawi
Malásia
Maldivas
Mali
Malta
Martinica
Mauritânia
Mayotte
Montserrat
Moçambique
Mianmar
Namíbia
Nepal
Nicarágua
Níger
Niue
Omã
Panamá
Paquistão
Papua Nova Guiné
Paraguai
Polinésia Francesa
Quênia
República Central Africana
República Democrática do Congo
República Dominicana
Ruanda
Samoa
Santa Helena
Santa Lúcia
Santo Eustáquio
São Bartolomeu
São Cristóvão e Néris
São Martinho
São Vicente e Granadinas
São Tomé e Príncipe
Senegal
Serra Leoa
Seychelles
Singapura
Somália
Sri Lanka
Suazilândia (eSwatini)
Sudão
Sudão do Sul
Suriname
Tailândia
Tanzânia
Togo
Uganda
Venezuela
Wallis e Futuna
Zâmbia
Zimbábue
Entenda como funciona cada um
Saiba aonde tomar e como emitir o certificado internacional
Países que precisam de visto: saiba quais são e viaje tranquilo
Esta página é apenas para fins informativos e não constituem um contrato. Como tal, qualquer informação contida neste site está sujeita a alterações com ou sem aviso prévio. A Mundo dos Vistos não se responsabiliza por estas mudanças. Busque sempre informações atualizadas.
Marcelo Pinto, CEO da SOS Canadá & Mundo dos Vistos, com mais de vinte anos na indústria de turismo e imigração, se destaca como um empresário apaixonado por conectar pessoas a novas culturas e oportunidades. Formado em Turismo, sua missão é facilitar experiências transformadoras. Especializado em processos de vistos, ele enxerga cada cliente como uma história única, buscando transformar seus sonhos em realidade. Sua abordagem vai além da burocracia, focando em criar futuros, reunir famílias e abrir portas para novas possibilidades.