Conseguir um visto de turismo ou negócios (categoria B1/B2) é um processo igual para todos os solicitantes, e as pessoas com deficiência ou necessidades especiais seguem as mesmas etapas gerais – preencher o Formulário DS‑160, pagar a taxa, agendar atendimentos e comparecer à coleta biométrica e à entrevista consular. No entanto, essas pessoas podem solicitar acomodações para garantir que o atendimento seja acessível e digno. Este guia reúne informações de consulados e especialistas em vistos para explicar o processo e as opções de acessibilidade.
Para quem solicita o visto pela primeira vez, o processo é composto por cinco etapas principais:
Preenchimento do Formulário DS‑160: o primeiro passo é preencher o formulário online. Ele é extenso e em inglês; inclui dados pessoais, profissão e propósito da viagem. O solicitante recebe um código de confirmação que deve ser guardado para o agendamento.
Pagamento da taxa consular: após concluir o DS‑160, o solicitante cria uma conta no site de agendamento e paga a taxa de solicitação de visto. Para o visto B1/B2.
Agendamento das entrevistas: com a taxa paga, o solicitante agenda dois atendimentos: uma visita ao CASV (Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto) para biometria e uma entrevista em um dos consulados.
Visita ao CASV: o CASV coleta as impressões digitais e tira a foto oficial. Não há entrevista, mas o solicitante precisa levar o passaporte, a confirmação do DS‑160 e o comprovante de agendamento.
Entrevista consular: na data marcada, a pessoa comparece ao consulado. O oficial pergunta sobre o motivo da viagem, vínculos com o Brasil e histórico de viagens; a entrevista dura poucos minutos. É essencial responder com sinceridade e tranquilidade. O oficial decide na hora se o visto será aprovado; o passaporte fica retido para emissão.
O processo de visto é o mesmo para pessoas com ou sem deficiência, mas alguns direitos especiais podem facilitar a experiência:
O consulado não isenta solicitantes com deficiência da entrevista; somente renovantes elegíveis podem ficar sem entrevista.
Pessoas com dificuldades de mobilidade ou outras limitações costumam receber atendimento prioritário no CASV e no consulado, assim como gestantes e pais com bebês. Isso significa que elas entram em filas preferenciais para reduzir o tempo de espera.
Menores de idade ou solicitantes com necessidades especiais podem levar um acompanhante à entrevista, desde que informem previamente e sigam as normas do consulado.
No processo de solicitação do visto americano, acomodação é o nome dado a qualquer tipo de ajuste, adaptação ou suporte especial oferecido a pessoas com deficiência ou condições médicas durante a entrevista consular. Essas medidas têm como objetivo garantir que todos os solicitantes possam participar do processo em igualdade de condições, respeitando suas necessidades específicas. A acomodação pode envolver desde mudanças no ambiente físico e nos horários até formas alternativas de comunicação ou assistência especializada.
Cada caso é analisado individualmente, e as acomodações podem variar conforme a necessidade da pessoa e a infraestrutura do consulado. As orientações gerais incluem:
Solicitar a acomodação logo após agendar a entrevista. Escreva um e‑mail para o consulado informando no assunto “Acomodação: [Nome do solicitante]”. No corpo, inclua data de nascimento, número do passaporte, data da entrevista e uma breve descrição do motivo da acomodação.
Informar a equipe ao chegar. No dia da entrevista, avise aos funcionários do CASV ou do consulado sobre sua solicitação para que eles direcionem ao local correto.
Embora cada caso seja analisado individualmente, sites especializados e fóruns que reproduzem informações consulares detalham alguns exemplos de acomodações:
Solicitantes com condições médicas sensíveis (por exemplo, pessoas com transtorno do espectro autista ou que necessitem de ambiente sem estímulos) podem pedir entrevista em sala mais tranquila, em horário com menos movimento ou em local separado.
Pessoas que não podem falar podem ser autorizadas a responder às perguntas escrevendo em papel ou digitando em um tablet fornecido pelo consulado, conforme acordo prévio. Essa medida evita exclusão de pessoas com deficiências na fala.
Solicitantes surdos ou com deficiência auditiva podem levar um intérprete de LIBRAS ou outro idioma para traduzir durante a entrevista; o consulado também pode fornecer um tablet para comunicação por escrito. O intérprete pode ser familiar ou amigo, mas deve dominar os idiomas envolvidos e interpretar com fidelidade.
Pessoas com baixa visão podem solicitar que as instruções e comunicados sejam impressos em fonte maior para facilitar a leitura.
Atenção às impressões digitais: se o solicitante tiver doenças de pele ou alergias que afetem as impressões digitais, recomenda‑se levar um laudo médico explicando a condição.
Chegue com antecedência e informe sua condição. Ao chegar ao CASV ou consulado, dirija‑se imediatamente a um funcionário e informe que você solicitou uma acomodação. Eles orientarão sobre a fila e o guichê corretos.
Leve documentação médica. Se sua necessidade não for evidente, apresente atestados ou laudos que justifiquem o pedido. Isso ajuda a equipe a compreender e conceder a acomodação adequada.
Use roupas e acessórios confortáveis. Você passará por detectores de metal e precisará guardar objetos; roupas simples facilitam a segurança. Pessoas com próteses ou aparelhos devem avisar os seguranças.
Se precisar de intérprete, planeje com antecedência. O intérprete deve estar cadastrado no mesmo horário de atendimento e deverá passar pela segurança. Ele ou ela não poderá responder às perguntas em seu lugar, apenas traduzir; portanto, prepare suas respostas antes.
Solicitar o visto americano pode ser um processo longo, mas é acessível a todas as pessoas. Para os viajantes com deficiência, é fundamental planejar com antecedência, solicitar acomodações logo após o agendamento e levar documentação médica. O consulado americano no Brasil oferece atendimento prioritário e adaptações como entrevistas em salas privadas, comunicação não verbal e intérpretes, garantindo que todos possam participar de forma inclusiva e digna. Ao seguir as etapas descritas neste guia e informar suas necessidades, você aumenta suas chances de ter uma experiência tranquila e obter o tão desejado visto para os Estados Unidos.
Saiba onde estão localizados os CASVs americano no Brasil
Sabia que você pode ser elegível ao Green Card?
Veja um passo a passo de como tirar seu visto para os EUA
Esta página é apenas para fins informativos e não constituem um contrato. Como tal, qualquer informação contida neste site está sujeita a alterações com ou sem aviso prévio. A Mundo dos Vistos não se responsabiliza por estas mudanças. Busque sempre informações atualizadas.
Marcelo Pinto, CEO da SOS Canadá & Mundo dos Vistos, com mais de 21 na indústria de turismo e imigração, se destaca como um empresário apaixonado por conectar pessoas a novas culturas e oportunidades. Formado em Turismo, sua missão é facilitar experiências transformadoras. Especializado em processos de vistos, ele enxerga cada cliente como uma história única, buscando transformar seus sonhos em realidade. Sua abordagem vai além da burocracia, focando em criar futuros, reunir famílias e abrir portas para novas possibilidades.